Análise: título simbólico é formalidade, mas também bom sinal ao Palmeiras no Brasileirão

É apenas um título simbólico. Abel Ferreira e Gustavo Scarpa não deixaram de ressaltar que a conquista do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, assegurada após a vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, nesta quinta-feira, não passa de mera formalidade. O importante é terminar a 38ª e última rodada na liderança.

Claro que ambos têm razão em suas análises e mais ainda em deixar a comemoração apenas para quem está fora de campo. Dentro dele, porém, o Palmeiras deu mostras importantes de que o título brasileiro não é apenas uma obsessão do elenco, é também uma realidade construída a cada jogo.

Ninguém chega por acaso na liderança do disputado e nivelado Campeonato Brasileiro ostentando o melhor ataque e a melhor defesa, com desempenhos semelhantes atuando dentro ou fora de casa.

É importante ressaltar que o título brasileiro tornou-se prioridade – não assumida – no Palmeiras mesmo antes da eliminação na Copa do Brasil, que ainda parece magoar muito internamente. Competições eliminatórias acabam muitas vezes gerando eliminações injustas, inesperadas ou injustificáveis. O campeonato de pontos corridos vence quem resiste a todos esses elementos por mais tempo, com mérito.

E é exatamente esse discurso que Abel Ferreira adota quando analisa a campanha do Palmeiras no Brasileirão. O técnico dá todos os créditos aos jogadores. Afinal, ele sabe que não é fácil um time se manter no topo por tanto tempo no Brasil.

E o atual Palmeiras, bicampeão da Libertadores e de quase tudo no futebol brasileiro nos últimos anos, tem tudo para quebrar mais uma marca sendo campeão nacional pela 11ª vez. É um título que Abel Ferreira deseja. É um título que o Palmeiras vai buscar e mostra fome para isso.