Com adiamento das Olimpíadas de Tóquio, Jogos irão custar mais de 79 bilhões de reais

Os organizadores das Olimpíadas de Tóquio revelaram nesta terça-feira o orçamento final de R$79 bilhões (cerca de US$ 15,4 bilhões), um adicional de 12 bilhões de reais no valor previsto inicialmente decorrentes de custos adicionais provocados pelo adiamento dos Jogos por causa da pandemia do coronavírus.

Os custos extras de US$2,8 bilhões correspondem a 22% a mais do orçamento inicial – o valor divulgado ano passado era de US$12,6 bilhões (aproximadamente R$64,6 bilhões). Os organizadores, que descartaram outro adiamento e garantem que os jogos podem ser realizados no ano que vem, defenderam o aumento dos custos.

– As Olimpíadas de Tóquio estão operando em um ambiente muito difícil. Se você vê esse orçamento como caro ou não, depende de como você o encara – disse o diretor de Tóquio 2020, Toshiro Muto. As despesas vêm da renegociação de contratos e medidas de combate à pandemia da COVID-19.

Uma pesquisa na semana passada mostrou que a maioria dos japoneses se opõe à realização dos Jogos de Tóquio no próximo ano, favorecendo um novo adiamento ou o cancelamento total do grande evento, e o orçamento mais recente poderia tornar os Jogos de Tóquio os Jogos de Verão mais caros da história.

As auditorias do governo japonês nos últimos anos, entretanto, mostram que os custos são maiores do que o declarado oficialmente e são de pelo menos US $ 25 bilhões ( mais de 128 bilhões de reais).

O Comitê organizador de Tóquio disse que as Olimpíadas custariam cerca de US $ 7,5 bilhões quando o COI concedeu os jogos em 2013. Um estudo da Universidade de Oxford este ano disse que Tóquio é a Olimpíada de Verão mais cara já registrada.

As entidades governamentais japonesas são responsáveis ​​por todos os custos, exceto por US $ 6,7 bilhões em um orçamento operacional com financiamento privado. O orçamento mostra que o Comitê Olímpico Internacional está contribuindo com US $ 1,3 bilhão para cobrir os custos dos jogos.

De acordo com jornal japonês Mainichi, o adiamento das Olimpíadas de Tóquio paralisou o fluxo de receita do COI, que tem 91% de sua receita com a venda de direitos de transmissão e patrocínios aumentando a importância de sediar as Olimpíadas de Tóquio.

Foto: Atsushi Tomura/Getty Images
Fonte: GE/olimpiadas